Circulado em Jornal do Commercio, 25 abril 1958 |
Sempre ouvira falar da felicidade
Qual meiga fada para mim desconhecida.
Então parti a procurá-la pela vida
Com ardente desejo, com imensa vontade.
Busquei-a nos brilhantes píncaros da glória,
No deslumbrar das riquezas a ela não vi,
Nas ilusões fugazes busquei com frenesi,
Ainda nos triunfos não logrei vitória.
Onde está a felicidade que procuro?
Em vão meu peito fraco e inseguro,
Clamou por ela sem poder a encontrar.
Por fim, cansada voltei desiludida
E na humildade do meu ponto de partida,
A felicidade veio-me abraçar.